segunda-feira, 26 de março de 2012

1) O que são classes sociais?


   Segundo Marx, a história da humanidade é pautada em uma sucessão de lutas entre diferentes classes. Esse processo resulta em um configuração onde uma classe domina e as outras são dominadas. Dessa maneira a sociedade apresenta apenas duas classes: a classe dominante, que controla direta ou indiretamente o Estado; e as classes dominadas, que seguem a estrutura social implantada pela classe dominante. Essa divisão ocorre como uma consequência ao diferentes papeis que determinados grupos podem assumir em um processo de produção."Classe social pode se definir como um conjunto de agentes sociais nas mesmas condições no processo de produção e que tem afinidades políticas e ideológicas"

2) Quando e como surge o movimento proletariado?

   O proletariado surgiu na Europa em meados do século XVIII, juntamente com o Capitalismo Industrial, quando os laços sociais deixaram de ser comunitários e passaram a ser mediados pelas leis de mercado. Todos os bens se tornaram mercadorias que poderiam ser adquiridas através do dinheiro. Para tanto via-se a necessidade de um certo acúmulo de capital, o que resultou na expulsão dos camponeses de suas terras e destruição do artesanato urbano. Com isso formou-se uma enorme contingente de indivíduos desprovidos de meios de produção tendo somente à oferecer ao mercado sua força de trabalho. Esses eram os chamados proletariados.

3) O que gera o movimento histórico?

   O Movimento Histórico, para Marx, é gerado pelos choques existentes entre as Classes Sociais. O desenvolvimento da burguesia resulta em um aumento dos proletariados e, consequentemente, das desigualdades sociais e das condições precárias de trabalho. Isso faz com que se formem movimentos operários buscando seus interesses sociais e econômicos.

domingo, 25 de março de 2012

Fonte

http://pt.wikipedia.org

4) O que são forças produtivas?


Forças produtivas é uma ideia central do marxismo e do materialismo histórico. Na crítica da economia politica de Karl Marx e Friederich Engels, o conceito corresponde à combinação da força de trabalho humana com os meios de produção - isto é, instrumentos e objetos de trabalho, tais como tecnologia, incluindo infraestrutura, ferramentas, máquinas, técnicas, materiais, conhecimento técnico; a terra e demais recursos naturais.
São, portanto, todas as forças usadas para controlar ou transformar a Natureza, com vistas à produção de bens materiais. Mas a principal força produtiva é o próprio homem - seu corpo, sua energia, sua inteligência, seu conhecimento.
Dispondo de todos esses elementos (força de trabalho e meios de produção) é necessário que o homem se organize socialmente para produzir. Assim se estabelecem relações sociais e técnicas de produção, isto é, o modo pelo qual os homens (agentes da produção) se organizam socialmente, dividindo funções e tarefas e utilizando as forças produtivas, para dominar a Natureza, dela retirando o seu sustento.
As relações de produção (sociais e técnicas) e as forças produtivas constituem o modo de produção, o qual se modifica historicamente (escravagista, feudal, capitalista). Isto porque a expansão constante das forças produtivas vai modificando as relações de produção, até que, num determinado nível do seu desenvolvimento, as forças produtivas entram em contradição com as relações de produção (sociais e técnicas) existentes. Tal contradição, segundo a teoria marxista, só poderia ser resolvida de maneira violenta, através da revolução social, quando o modo de produção vigente seria substituído por outro. 

5) O que são relações de produção?


Relações de Produção é um conceito elaborado por Karl Marx e que recebeu muitas definições e utilizações posteriores. Resumidamente, as relações de produção são as formas como os seres humanos desenvolvem suas relações de trabalho e distribuição no processo de produção e reprodução da vida material.
Segundo a teoria marxista, nas sociedades de classes as relações de propriedade são expressões jurídicas das relações de produção. Assim, nas sociedades de classes, as relações de produção são relações entre classes sociais, proprietários e não-proprietários. As relações de produção, conjuntamente com as forças produtivas são os componentes básicos do modo de produção, a base material da sociedade.

8) Por que o modo de produção capitalista é transitório?

Para Marx, o capitalismo é um modo de produção transitório sujeito a crises econômicas cíclicas que deve ceder lugar ao socialismo.
 Marx tentou demonstrar que no capitalismo sempre haveria injustiça social e que o único jeito de uma pessoa ficar rica e ampliar sua fortuna seria explorando os trabalhadores. Ou seja, o capitalismo, de acordo com Marx, é selvagem pois o operário produz mais para o seu patrão do que o seu próprio custo para a sociedade. O capitalismo se apresenta necessariamente como um regime econômico de exploração, sendo a mais-valia a lei fundamental do sistema.
A mais-valia é constituída pela diferença entre o preço pelo qual o empresário compra a força de trabalho (6 horas) e o preço pelo qual ele vende o resultado.
No capitalismo a classe burguesa lucra com o proletariado desde o momento em que o contrata para trabalhar em suas empresas até a hora de receber o retorno do dinheiro que lhe pagou por seu trabalho. Para Marx somente com a queda da burguesia será possível a ascensão dos trabalhadores.

Fonte: "http://kellimattes.blogspot.com.br/2006/11/semana-5-ecs-7-marx-e-engels.html".

7) Por que Marx vê um papel revolucionário na burguesia?


A cena feudal estava com seus dias contados com a vinda do protestantismo. Antes o trabalho era somente para a sobrevivência do indivíduo e não se pensava em acumular riquezas. O acúmulo delas era considerado errado e algo que distanciava as pessoas de Deus.
O Protestantismo vem com uma nova idéia e a burguesia européia adere a ela com muita força: o trabalho dignifica o homem. É trabalhando que se serve a Deus e o lucro é sinal de que a pessoa está sendo abençoada.
Antes a burguesia era considerada suja e era uma classe marginalizada pela sociedade. Ela não representava muito: não era serva, nem nobre e nem do clero.
Para Marx, a burguesia exerce papel revolucionário e inovador na sociedade. Ela é definitivamente o maior motor de mudanças que já existiu em nossa sociedade, pois vive de mudanças.
Se antes a obtenção de lucro e acúmulo de bens tinha o objetivo de trazer o homem para mais perto de Deus, isso foi mudado pela atual IMPESSOALIDADE existente no sistema burguês: não há distinção entre compradores, se o indivíduo tem o papel moeda, ele leva o produto, independente de classe social ou intelectual.

Fonte: "http://proativa.wordpress.com/".

6) O que é alienação e qual sua relação com o Trabalho?


O trabalho nas fábricas consistia em que as tarefas executadas eram monótonas, enfadonhas e cansativas, repetitivas e sem criatividade para o trabalhador que as executava. Os trabalhadores das fábricas não tinham o domínio de todas as técnicas de construção do produto a ser comercializado e também não eram donos dos meios de produção, ocorrendo no caso fabril a alienação do trabalho, diferentemente dos trabalhadores artesanais onde o artesão sabia executar todo o processo e podia ter o produto final.
Marx chama de alienação do trabalho é o fato de o trabalhador não se enxergar na mercadoria que ele mesmo produziu, ou seja, o trabalhador é separado do produto final de seu trabalho.
O que mantém esse processo de alienação é primeiramente o fato de o capitalista possuir os meios de produção, a propriedade privada dos meios de produção. E segundo: como o trabalhador não possui seus próprios meios de produção, ele precisa vender a única propriedade que lhe pertence que é a força de trabalho, para assim sustentar a família. Dessa forma o trabalhador depende do capitalista para sobreviver, ele precisa que o capitalista compre a sua força de trabalho.

segunda-feira, 19 de março de 2012

7) Compare a frase de Marx "a essência humana não é uma abstração inerente a cada indivíduo" com as idéias de Durkheim sobre a relação indivíduo e sociedade.


Esta frase de Marx, retratando a essência humana como sendo não individual e sim coletiva,  vai ao encontro das idéias de Durkheim a respeito da Solidariedade Mecânica. Na Solidariedade Mecânica a coesão social existente entre as pessoas é justamente uma consciência coletiva que predomina em cima da consciência individual. A divisão do trabalho neste contexto entra como provedor das relações entre os homens e suas necessidades de produção.

4) O que é idealismo para Marx?

Marx entendia que o critério da verdade era a prática. O que de fato importava não eram as interpretações de mundo feitas especulativamente pelos filósofos (Idealismo Filosófico), mas sim as transformações que podem ser feitas no mundo. Marx, Materialista Dialético, acreditava que uma dada filosofia só tem valor pelo grupo que a usa para transformar o mundo segundo seus interesses. Já aquela que não satifaz uma ação ou transformação, é idealista.

fonte: http://www.recantodasletras.com.br/ensaios/1771630

6) O que marx quer dizer ao afirmar que Feuerbach "não toma a própria atividade huamana como atividade objetiva?


Marx afirma que o materialismo de Feuerbach padece do mesmo defeito de todo o materialismo de até então: apreender o mundo sensível apenas enquanto objeto, de forma subjetiva, abstrata, teórica, e não como uma atividade humana concreta, prática. O materialismo  contemplativo  de Feuerbach, segundo Marx, sempre permanecerá sob a forma de teoria, uma vez que se limita a ver o mundo na sua imutabilidade, contemplando-o e ignorando que a prática transformadora humana pode transformá-lo.
 Feuerbach vê o homem como ser abstrato que deve ser analisado de forma isolada ou em sociedade civil, e diz que a essência humana é o ser do homem. O homem deve ser contentar com essa essência. Marx opõe a esse materialismo contemplativo o seu materialismo prático, sob o qual a essência humana é o conjunto das relações sociais que ele estabelece, e que ele deve ser analisado não isoladamente, mas em sociedade humana. A vida social, para Marx, é essencialmente prática e é através dela que o homem comprova a veracidade de suas idéias e teorias.

Fonte: "http://pt.shvoong.com/social-sciences/economics/1629071-marx-cooperação-teses-sobre-feuerbach/"

5) Como Marx define o materialismo?


Materialismo histórico: ele fundamenta-se, inicialmente, na observação da realidade a partir da análise das estruturas e superestruturas que circundam um determinado modo de produção. Isto significa dizer que a história está, e sempre esteve, ligada ao mundo dos homens enquanto produtores de suas condições concretas de vida e, portanto, tem sua base fincada nas raízes do mundo material, organizado por todos aqueles que compõem a sociedade. Os modos de produção são históricos e devem ser interpretados como uma maneira que os homens encontraram, em suas relações, para se desenvolver e dar continuidade à espécie.
 Ou seja, o trabalhador vive para receber aquilo que produz. Nesse sentido, Marx era materialista. O trabalho desenvolvido pelo "ser", não está de "dentro" para "fora", e sim de "fora" para "dentro". Ou seja: "Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência" É a vida material que você produz é que determina sua consciência.



Materialismo dialético - Se a dialética é a arte do diálogo, da contraposição e da contradição de idéias a fim de levar a outras idéias, o materialismo dialético seria a arte de dialogar, contrapor e contradizer as nuances da sociedade (materialista segundo o marxismo) a fim de levar a novas descobertas. Marx sempre utilizou o método dialético para explicar as mudanças ocorridas na humanidade. Ao estudar determinado fato histórico, ele procurava nos elementos contraditórios a resposta p/ a transformação num novo fato. Ele identificou na História os seguintes estágios de desenvolvimento: o asiático, o escravista, o feudal e o burguês. Ou seja, dividiu a história em períodos conforme a organização do trabalho. Marx desenvolveu então uma concepção materialista da História, afirmando que o modo pelo qual a produção material de uma sociedade é realizada que constitui o fator determinante da organização política e das representações intelectuais - sendo então que a realidade não é estática, mas dialética e em transformação pelas suas contradições internas. Assim, a base material ou econômica constitui a "infra-estrutura" da sociedade, que exerce influência direta na "superestrutura", ou seja, nas instituições jurídicas, políticas e ideológicas. No processo histórico, essas contradições seriam geradas segundo ele, pelas lutas entre as diferentes classes sociais.


Fonte: "http://pt.wikipedia.org/wiki/Materialismo_histórico"; "www.scribd.com/doc/52921037/Na-teoria-marxista".

domingo, 18 de março de 2012

3) Qual a relação entre Marx e a Sociologia?


Karl Marx não era um sociólogo de fato, e sim um economista, e a partir da economia analisava e buscava explicar e encontrar soluções para os problemas vividos em sua época como desemprego e miséria.
Apesar de tentar explicar e analisar os fatos de sua época através da economia, que era sua área de estudo, suas ideias foram muito aproveitadas pela sociologia, levando em conta que a economia é uma parte integrante e muito importante da sociologia.

2) Quem mais influenciou o pensamento de Karl Marx?


A maior influencia de Karl Marx foi Hegel, um professor da Universidade de Jena, a mesma instituição onde Marx cursou o doutorado. Hegel, filósofo alemão, foi um dos criadores do Idealismo Alemão. Seu cômputo historicista e idealista da realidade como uma Filosofia Européia completamente revolucionada denota que foi, de fato, um importante precursor da Filosofia Continental e do Marxismo.

Em Berlim, Marx teve contato prolongado com as ideias dos Jovens Hegelianos (também referidos como Hegelianos de esquerda). Os dois principais aspectos do sistema de Hegel que influenciaram Marx foram sua filosofia da história e sua concepção dialética.

Para Hegel, nada no mundo é estático, tudo está em constante processo (vir-a-ser); tudo é histórico, portanto. O sujeito desse mundo em movimento é o Espírito do Mundo (ou Super alma; ou Consciência Absoluta), que representa a consciência humana geral, comum a todos indivíduos e manifesta na ideia de Deus. A historicidade é concebida enquanto história do progresso da consciência da liberdade. As formas concretas de organização social correspondem a imperativos ditados pela consciência humana, ou seja, a realidade é determinada pelas ideias dos homens, que concebem novas ideias de como deve ser a vida social em função do conflito entre as ideias de liberdade e as ideias de coerção ligadas a condição natural ("selvagem") do homem. O homem se liberta progressivamente de sua condição de existência natural através de um processo de "espiritualização" – reflexão filosófica (ao nível do pensamento, portanto) que conduz o homem a perceber quem é o real sujeito da história.
Marx considerou-se um hegeliano de esquerda durante certo tempo, mas rompeu com o grupo e efetuou uma revisão bastante crítica dos conceitos de Hegelapós tomar contato com as concepções de Feuerbach. Manteve o entendimento da história enquanto progressão dialética (ou seja, o mundo está em processo graças ao choque permanente entre os opostos; não é estático), mas eliminou o Espírito do Mundo enquanto sujeito ou essência, porque passou a compreender que a origem da realidade social não reside nas ideias, na consciência que os homens têm dela, mas sim na ação concreta (material, portanto) dos homens, portanto no trabalho humano. A existência material precede qualquer pensamento; inexiste possibilidade de pensamento sem existência concreta. Marx inverte, então, a dialética hegeliana, porque coloca a materialidade – e não as ideias – na gênese do movimento histórico que constitui o mundo. Elabora, assim, a dialética materialista (conceito não desenvolvido por Marx, que também costuma ser referida por materialismo dialético).
“A mistificação por que passa a dialética nas mãos de Hegel não o impede de ser o primeiro a apresentar suas formas gerais de movimento, de maneira ampla e consciência. Em Hegel, a dialética está de cabeça para baixo. É necessária pô-la de cabeça para cima, a fim de descobrir a substância racional dentro do invólucro místico.”
A respeito da influência de Hegel sobre Marx, escreveu Lenin que
“(...) é completamente impossível entender O Capital de Marx, e, em especial, seu primeiro capítulo, sem haver estudado e compreendido a fundo de toda a lógica de Hegel.”
 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Marx#Influ.C3.AAncia_da_doutrina_de_Hegel

1) Quem foi Karl Marx?



Economista, filósofo e socialista alemão, Karl Marx nasceu em Trier em 5 de Maio de 1818 e morreu em Londres a 14 de Março de 1883. Estudou na universidade de Berlim, principalmente a filosofia hegeliana, e formou-se em Iena, em 1841, com a tese Sobre as diferenças da filosofia da natureza de Demócrito e de Epicuro. Em 1842 assumiu a chefia da redação do Jornal Renano em Colônia, onde seus artigos radical-democratas irritaram as autoridades. Em 1843, mudou-se para Paris, editando em 1844 o primeiro volume dos Anais Germânico-Franceses, órgão principal dos hegelianos da esquerda. Entretanto, rompeu logo com os líderes deste movimento, Bruno Bauer e Ruge.
    Em 1844, conheceu em Paris Friedrich Engels, começo de uma amizade íntima durante a vida toda. Foi, no ano seguinte, expulso da França, radicando-se em Bruxelas e participando de organizações clandestinas de operários e exilados. Ao mesmo tempo em que na França estourou a revolução, em 24 de fevereiro de 1848, Marx e Engels publicaram o folheto O Manifesto Comunista,primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde, seria chamada marxista. Voltou para Paris, mas assumiu logo a chefia do Novo Jornal Renano em colônia, primeiro jornal diário francamente socialista.
    Depois da derrota de todos os movimentos revolucionários na Europa e o fechamento do jornal, cujos redatores foram denunciados e processados, Marx foi para Paris e daí expulso, para Londres, onde fixou residência. Em Londres, dedicou-se a vastos estudos econômicos e históricos, sendo freqüentador assíduo da sala de leituras do British Museum. Escrevia artigos para jornais norte-americanos, sobre política exterior, mas sua situação material esteve sempre muito precária. Foi generosamente ajudado por Engels, que vivia em Manchester em boas condições financeiras.
    Em 1864, Marx foi co-fundador da Associação Internacional dos Operários, depois chamada I Internacional, desempenhando dominante papel de direção. Em 1867 publicou o primeiro volume da sua obra principal, O Capital. Dentro da I Internacional encontrou Marx a oposição tenaz dos anarquistas, liderados por Bakunin, e em 1872, no Congresso de Haia, a associação foi praticamente dissolvida. Em compensação, Marx podia patrocinar a fundação, em 1875, do Partido Social-Democrático alemão, que foi, porém, logo depois, proibido. Não viveu bastante para assistir às vitórias eleitorais deste partido e de outros agrupamentos socialistas da Europa.


Fonte:  http://www.culturabrasil.org/marx.htm


segunda-feira, 12 de março de 2012

5) Explique se a solidariedade diminui ou cresce conforme aumenta o excedente produtivo de uma nova sociedade.


     Para Durkheim, a solidariedade é um produto da divisão do trabalho. Essa divisão é pautada na coesão existente entre cada membro, nas diferenças que os formam e em suas particularidades  e especificidades. Quando uma a divisão do trabalho é bem sucedida a consequência é uma aumento na produção, que pode vir a se caracterizar como um excedente produtivo. Logo a solidariedade cresce com o excedente produtivo.

7) Explique a divisão do trabalho social?


       Uma sociedade, segundo Durkheim, deve funcionar como um corpo, um organismo formado por parcelas individuais que separadamente não possuem características suficientes para serem autônomas, mas que no entanto são únicas e suas características são exclusivas. Essas parcelas ao se somarem e se organizar diante uma coesão social, resultam em um organismo que deve possuir um funcionamento harmônico. Esse funcionamento se estabelece pela divisão social do trabalho, em que cada membro possui ação específica e individualidade bem estabelecidas.

8) Por que ocorre a preponderância progressiva da solidariedade orgânica?

       A solidariedade mecânica ocorre quando a ação de um elemento é  baseada na consciência coletiva em prol do bem coletivo. Já a solidariedade orgânica é justamente o fruto das diferenças individuais, onde o bem coletivo é atingido pela especificidade individual e pela interação dessas diferenças, estabelecendo uma forte coesão através da divisão social do trabalho. A divisão social do trabalho tender a estabelecer um processo de retroalimentação onde a solidariedade aumenta a produtividade, e vice e versa, o que a torna mais eficiente.

domingo, 11 de março de 2012

10)Para Durkheim, quando ocorre uma situação de anomia social?


Segundo Émile Dürkeheim a sociedade é vista como um sistema organizado, ordenado e interdependente de várias instâncias que juntas transformar-se-iam em uma unidade. A sociedade é considerada como um corpo humano que depende do perfeito funcionamento dos seus órgãos (instâncias sociais) para sobreviver. Com o inchaço da sociedade, segundo este sociólogo, multiplicam-se estes "órgãos" em quantidade fruto da especialização da mão de obra e da diversificação da produção. Para Émile Dürkeheim, quando um setor produtivo da sociedade ou um "órgão" não consegue desenvolver seu papel em plenitude com as outras instancias sociais o denominado "corpo" (sociedade) adoece criando assim um estado de anomia social.
 Porque, como nada contem as forças em presença e não lhes atribui limites que sejam obrigados a respeitar elas tendem a se desenvolverem sem termos e acabem se entrechocando, para se reprimirem e se reduzirem mutuamente.

9) O que Anomia Social?



A anomia social é um estado de falta de objetivos e perda de identidade, provocado pelas intensas transformações ocorrentes no mundo social moderno. A partir do surgimento do Capitalismo, e da tomada da Razão, como forma de explicar o mundo, há um brusco rompimento com valores tradicionais, fortemente ligados à concepção religiosa. A Modernidade, com seus intensos processos de mudança, não fornecem novos valores que preencham os anteriores demolidos, ocasionando uma espécie de vazio de significado no cotidiano de muitos indivíduos. Há um sentimento de se "estar à deriva", participando inconscientemente dos processos coletivos/sociais: perda quase total da atuação consciente e da identidade.

6) O que é Solidariedade Orgânica?


 A Solidariedade Orgânica é fruto das diferenças sociais, já que são essas diferenças que unem os indivíduos pela necessidade de troca de serviços e pela sua interdependência. Os membros da sociedade onde predomina a Solidariedade Orgânica estão unidos em virtude da divisão do trabalho social.
 O meio natural e necessário a essa sociedade é o meio profissional, onde o lugar de cada um é estabelecido pela função que desempenha e a estrutura dessa sociedade é complexa.
 O indivíduo, nessa sociedade é socializado porque, embora tenha sua individualidade profissional, depende dos demais e, por conseguinte, da sociedade resultante dessa união.

4) Onde encontramos solidariedade mecânica?



       Encontramos a solidariedade mecânica como um exemplo explícito no que se diz respeito ao direito penal, onde são tomadas decisões que recriminam um crime, onde um juiz julga o criminoso e tem uma ação tomada a partir essa consciência coletiva. É em cima deste exemplo que Durkheim desenvolve seus pensamentos sobra solidariedade mecânica no capítulo, mas levando em conta a definição citada na pergunta anterior, outro exemplo pode ser a cerca das decisões políticas, onde decisões são tomadas a partir dessa consciência coletiva visando o melhor para a sociedade.

3) O que é solidariedade mecânica?


       Durkheim parte do princípio que os homens agem de acordo com dois tipos de consciência uma individual, que se dá pela personalidade própria do indivíduo, e uma consciência que se estende a todos os outros indivíduos, uma consciência coletiva. Sendo que as duas consciências estão ligadas entre si e formam uma só.
      Quando uma ação é tomada a partir de algum elemento dessa consciência coletiva e essa conduta não visa o bem individual e sim coletivo, chamamos isso de solidariedade mecânica. 

2) O que é solidariedade e qual seu papel social?


Segundo o dicionário online de português, solidariedade é o sentimento que leva os homens a se auxiliarem mutuamente. No texto de Durkheim, pode-se perceber que ele compartilha dessa definição levando em conta o que escreve sobre a divisão do trabalho social.

“[...] o efeito mais notável da divisão do trabalho não é que ela aumente o rendimento das funções divididas, mas as torna solidárias.”

       Seguindo a leitura, o autor explicita o papel da solidariedade nas sociedades:

“Seu papel, em todos esses casos, não é simplesmente ornamentar ou melhorar as sociedades existentes, mas tornar possível as sociedades que, sem ela, não existiriam.”

       Pode-se perceber que além de movimentar as sociedades a solidariedade é fato essencial na formação de uma sociedade, pois sem as interações derivadas da solidariedade entre os seres, a formação social não seria possível.

1) Qual a relação entre a independência dos indivíduos e a divisão do trabalho social?



A relação entre a independência dos indivíduos e a divisão do trabalho se dá naturalmente levando em conta que os indivíduos em geral têm semelhanças, mas são particularmente diferentes entre si. Dentro de suas particularidades, cada indivíduo possui facilidades a determinados assuntos que devem ser exploradas assim como dificuldades a serem supridas, e são nessas dificuldades que a divisão do trabalho social ganha espaço.

“Os indivíduos são ligados uns aos outros, de tal forma que, sem isso, seriam independentes; em vez de se desenvolverem separadamente, eles ajustam seus esforços...“

Com isso, indivíduos por suas particularidades e diferenças tendem naturalmente a interagir entre si na divisão do trabalho dividindo suas qualidades e suprindo as dificuldades alheias visando o melhor rendimento possível.

segunda-feira, 5 de março de 2012

6) O valor moral da sociedade equivale a soma dos valores morais individuais?



Quando as consciências individuais , em vez de ficarem separadas, entram em relação íntima, agindo ativamente umas sobre as outras, origina-se de sua síntese uma vida psíquica de um novo gênero. 
(Durkheim, 1970)
           
            Durkhein afirma que o conjunto de crenças e de sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade, forma um sistema determinado que tem sua vida própria, que pode ser chamado de consciência coletiva ou comum. Essa consciência é difusa ao longo da sociedade e independe das condições particulares de cada indivíduo (pois o indivíduo passa e ela permanece), é um sistema complexo em que o todo não pode ser explicado pela soma das partes mas que  é resultado de.
            Dessa consciência coletiva nasce o Valor Moral da sociedade, que é resultado a coesão existente entre seus indivíduos mas que não pode ser explicada ou analisada pontualmente.